Welber Santos & Literatura Portuguesa
terça-feira, 9 de junho de 2015
segunda-feira, 8 de junho de 2015
ATIVIDADES DO LIVRO DIDÁTICO SOBRE O REALISMO
Universidade Estadual de Montes Claros
Centro de Ciências Humanas
Departamento de Comunicação e Letras
Curso de Letras Português – 4º período
Exercício do Livro Didático – O REALISMO EM PORTUGUAL
1º EXERCÍCIO – PÁGINA 132
1-Sim. A figura apresenta um homem, uma
mulher, uma criança de colo e uma criança maior, peças de uma composição
familiar, pai, mãe e filhos.
2-As mãos e a expressão facial do homem
representam tristeza, indignação e desânimo.
a)A expressão facial da mulher sugere
angustia, tristeza, preocupação, sentimentos negativos.
b)Ela olha em direção ao casal com a
criança de colo. Isso pode indicar que ela também é filha mais velha do casal.
3-Sim. As roupas e a expressão facial das
personagens apresentam uma classe social baixa, inferior, que padece com a
ausência de coisas que são necessárias para uma boa qualidade de vida.
4-Retrata a vida dos trabalhadores pobres
que todos os dias precisam sair de casa em busca de algo melhor para suas
famílias. Retrata a desigualdade social, a miséria, as condições precárias de
sobrevivência.
5-O quarto é quadrado, com duas janelas,
atravancado com três camas. Havia um armário, uma mesa e duas cadeiras de
nogueira velha, cujo tom enfumaçado manchava duramente as paredes pintadas de
amarelo-claro. E nada mais, a não ser uma roupa de uso diário pendurada em
pregos, uma moringa no chão ao lado de um alguidar vermelho que servia de
bacia. O quarto onde os mineiros estão mostra que eles vivem em condições
precárias de sobrevivência.
6-Um trabalho cansativo, desgastante, que
exige muito esforço físico e mental. Os operários das minas trabalhavam em
condições precárias, sem segurança, sem condições de higiene apropriadas ao
serviço e sem um descanso adequado após o expediente.
7-Ele compara o cheiro do lugar ao de gado.
Isso mostra que o lugar não apresentava condições adequadas de higienização e
as pessoas não gozavam de oportunidade para se cuidarem fisicamente, e por isso
não tinham um bom cheiro.
8-Tanto o quadro como o texto apresenta uma
realidade de miséria. Apresenta a situação dos trabalhadores das minas, que
tinham suas vidas em precárias condições de sobrevivência.
2º EXERCÍCIO – PÁGINAS
137 E 138
1-Por meio da frase, entende-se que o
comportamento de Antônio de Moraes é influenciado por uma questão genética, por
ser filho de Pedro Ribeiro de Moraes, deve apresentar um comportamento
semelhante ao do pai. Assim, isso vai ao encontro das características
deterministas, onde a genética determina as ações humanas.
2-Além da hereditariedade, outro fator que
influenciou o comportamento do padre foi o meio em que ele estava, um lugar
onde ele não sofreria coação diante de suas atitudes imorais, era uma sociedade
sem moral e sem educação, sem a figura de uma autoridade espiritual.
3-O seminário deu ao padre Antônio de
Moraes uma grande cultura de espírito, mas sob um ponto de vista acanhado e
restrito que lhe excitara o instinto da própria conservação, o interesse
individual, pondo-lhe diante dos olhos, como supremo bem, a salvação da alma, e
como meio único, o cuidado dessa mesma salvação. O autor critica esse tipo de
educação, pois ela reprimia a natureza ardente e apaixonada do jovem
seminarista.
a-“... devia cair na regra geral dos seus
colegas de sacerdócio, sob a influência enervante e corruptora do isolamento, e
entregara-se ao vício e à depravação, perdendo o senso moral e rebaixando-se ao
nível dos indivíduos que fora chamado a dirigir”.
b-O texto critica a igreja no sentido de
frear as vontades humanas, reprimir os sentimentos que levam o ser humano a ter
momentos de prazer.
4-Sim. O romance mostra que o ser humano é
dotado de características provenientes da hereditariedade e leis próprias da
natureza. No caso do texto em questão, Antônio de Moraes, mesmo sendo padre,
também é um homem, ser humano, e por isso é normal que ele tenha desejos
carnais e que os coloque em prática.
5- a)O amor de Margarida e Eugênio surgiu
ainda no período em que os dois eram crianças, era um sentimento verdadeiro e
bonito que poderia ter sido alimentado e concretizado na fase adulta se os pais
não os tivessem separado. Antônio e Clarinha viviam simplesmente um desejo
carnal, uma paixão avassaladora, foi algo de momento, atração física.
b-Na obra “O Seminarista” o assunto de uma
maneira mais clara e objetiva. Em “O Missionário”, a temática é bem
desenvolvida, no entanto há o uso de termos mais poéticos e uma linguagem mais
rebuscada.
3º EXERCÍCIO – PÁGINA
143
1-Luísa, ao se levantar para abrir os
vidros da janela, quis provocar o primo Basílio. E o calor sentido por ela, não
era um calor comum, mas significa o desejo, a paixão, a vontade carnal.
2-Sobre o desejo que ambos sentiam um pelo outro,
a paixão de anos atrás e a vontade de ter momentos de amor.
3-Basílio sai ganhando na comparação de Luísa,
pois ele possibilitaria a ela muitas viagens, conhecer vários lugares almejados
por ela. Já Jorge, com sua vida modesta e caseira, sendo pobre não iria
proporcionar a ela tais momentos de prazer e aventura.
4-Luísa é uma mulher sensível, pois a
visita do primo a deixa extremamente afetada e mexe com sentimentos que estavam
adormecidos.
5-Com a entrada de Juliana na cena, Luísa
passa a ter um perigo por perto, pois a empregada irá descobrir o envolvimento
da patroa com o primo Basílio.
6-O leitor entende que a empregada vivia
sob condições precárias, não gozava de conforto e não era bem tratada pelos
patrões. Isso era motivo o suficiente para ela se vingar da patroa.
4º EXERCÍCIO – PÁGINAS
144 E 145
1-O amor por Amélia desperta em Amaro um
desejo nunca sentido antes, vontades carnais, também gerou muita impaciência no
jovem padre, trouxe orgulho e despertou muitos perigosos desejos.
2-“Por que o tinham feito padre? Fora “a
velha pega” da marquesa de Alegros!”... “Tinham-no impelido para o sacerdócio
como um boi para o curral.”
- “Então, passeando excitado pelo quarto, levava as suas
acusações mais longe, contra o Celibato e a Igreja: por que proibia ela
aos seus sacerdotes, homens vivendo entre homens, a satisfação mais
natural, que até têm os animais? Quem imagina que desde que um velho bispo
diz – serás casto – a um homem novo e forte, o seu sangue vai subitamente
esfriar-se?”
3-Sim. Ambos acreditam que o amor deve ser
vivido independentemente de votos religiosos, esses não deveriam reprimir os
desejos humanos, pois são naturais e devem ser vividos com liberdade e
naturalidade, faz parte do homem.
5º EXERCÍCIO –
PÁGINA 146
1-a-No trecho em questão podemos comparar a
figura de um padre simples, puro, sensato, que realmente tem vocação religiosa
com a figura de um padre depravado, que muitas vezes nem tem o chamado para ser
sacerdote e por um motivo ou vai viver o celibato. O padre Fernão é um padre
consciente de seu dever religioso e cumpre sua missão de orientar os fiéis da
melhor maneira possível.
b-Sim. Pois ele também mostra que nem todos
os religiosos são iguais.
2-O mais comum é o padre humano, que por
mais que viva uma vida religiosa tem seus prazeres carnais, os desejos sexuais,
pois isso é normal, faz parte do ser humano.
6º EXERCÍCIO – PÁGINA
148
1-Por meio dos questionamentos repetitivos
o autor enfatiza sua crítica aos “progressos do novo século” e é extramente irônico
ao descrever os objetos que existem na sala de Jacinto e a utilidade que eles
apresentam.
2-Ele critica
toda a classe burguesa de sua época, o apego aos bens materiais em detrimento
da felicidade.
3-Sim. Pois
todos os dias nos deparamos com pessoas que tem poder, dinheiro, fama, muitos
bens materiais, posses e cargos e não são felizes, não são realizadas, não se
sentem completas e vivem uma vida de aparências.
7º EXERCÍCIO – PÁGINA 150
1-A noite, o
amor idealizado, o silêncio e a lua.
2-O eu lírico contrapõe
a lua ao meio dia e à tarde rumorosa.
3-Enquanto no
Romantismo a noite era vista como momento oportuno para pensar e viver a dimensão
do amor, no Realismo a luz é valorizada no sentido de esclarecimento da vida
social, daquilo que é realidade e verdade.
8º EXERCÍCIO – PÁGINA 151
1-No seu
interior, Ema estava insatisfeita com a vida que levava ao lado de seu marido,
mas para manter as aparências cumpria com as obrigações de uma boa esposa,
mesmo estando cansada do casamento e não gostando mais do marido, continuava
cumprindo com seu dever de mulher casada.
2-Ela era uma
mulher esperançosa, que acreditava que as coisas poderiam mudar, neste caso o
seu casamento e o comportamento patético do seu marido, ela acreditava em uma
luz no fim do túnel.
3-Temos um
narrador onisciente. Ele é muito importante para a construção do Romance, pois
conhece os sentimentos e o psicológico dos personagens, isso ajuda na compreensão
das atitudes de cada um.
4-Sim. As duas
estão insatisfeitas com o casamento e almejam algo melhor.
segunda-feira, 1 de junho de 2015
Poema Barca Bela
BARCA BELA
Pescador da barca bela,
Onde vais pescar com ela.
Que é tão bela,
Oh pescador?
Não vês que a última estrela
No céu nublado se vela?
Colhe a vela,
Oh pescador!
Deita o lanço com cautela,
Que a sereia canta bela...
Mas cautela,
Oh pescador!
Não se enrede a rede nela,
Que perdido é remo e vela,
Só de vê-la,
Oh pescador.
Pescador da barca bela,
Inda é tempo, foge dela
Foge dela
Oh pescador!
Onde vais pescar com ela.
Que é tão bela,
Oh pescador?
Não vês que a última estrela
No céu nublado se vela?
Colhe a vela,
Oh pescador!
Deita o lanço com cautela,
Que a sereia canta bela...
Mas cautela,
Oh pescador!
Não se enrede a rede nela,
Que perdido é remo e vela,
Só de vê-la,
Oh pescador.
Pescador da barca bela,
Inda é tempo, foge dela
Foge dela
Oh pescador!
© Almeida Garrett
In Folhas Caídas, 1853
quinta-feira, 28 de maio de 2015
FILME OS MISERÁVEIS
FILME "OS MISERÁVEIS"
“Os Miseráveis” (Les Misérables), adaptação da grande obra do escritor francês Victor Hugo (1802-1885) passou despercebida pra muita gente ou, pelo menos, foi esquecida na estante de muitos colecionadores de DVDs. Depois de viver 19 anos preso e trabalhando arduamente em pedreira por roubar um pão, Jean Valjean (Liam Neeson) procura uma casa para alimentar-se e se proteger do frio. Dez anos depois, já reintegrado, Valjean é dono de uma fábrica e prefeito da uma cidade. Sua vida pacata é colocada à prova quando o inspetor Javert (Geoffrey Rush), seu algoz dos tempos de pedreiras, é encaminhado para o mesmo distrito em que vive Valjean. Certo de que o prefeito daquele lugar é o mesmo prisioneiro que ele tanto açoitara, Javert fará de tudo para que o bom homem seja desmascarado. Em meio a isso, Valjean ajudará Fantine (Uma Thurman), uma ex-funcionária de sua fábrica, que fora demitida após descobrirem que ela é mãe solteira. Tendo que conseguir dinheiro para sustentar sua filha, Fantine se vê obrigada a vender seus cabelos (no livro ela também vende até os dois dentes da frente) e se torna prostituta. A adaptação para o cinema, feita pelas mãos de Rafael Yglesias (“Água Negra”) tenta encontrar um equilíbrio aceitável ao perpassar a obra. “Os Miseráveis” é claramente dividido em dois polos. Em um, mostra o envolvimento entre Jean Valjean e a prostituta Fantine. No outro, mostra sua relação com Cosette, já crescida, mais ainda com a figura de Javert sempre em seu encalço. No decorrer da história, é perpassado os núcleos que tiveram iguais importância nos escritos de Victor Hugo, como o motim de 1832, as barricadas levantadas na rua Saint-Denis e o poético antagonismo entre Valjean e Javert. Dirigido de maneira acadêmica pelo dinamarquês Bille August, “Os Miseráveis” ilustra muito bem a grande tese de Victor Hugo, tão perspicaz para o contexto histórico de sua época. A grande sacada é a discussão sobre os direitos das pessoas que vivem à margem da sociedade. Até onde vão os seus direitos, visto que são subjugados por não terem bens materiais ou culturais.
REFERÊNCIA: http://poseseneuroses.com.br/os-miseraveis/
O CORCUNDA DE NOTRE DAME
O CORCUNDA DE NOTRE DAME
Sinopse: Victor Hugo foi o maior poeta romântico da França e um dos seus maiores prosadores. Produziu várias obras-primas, entre elas o romance medieval O Corcunda de Notre Dame (1831).A história é centrada na tragédia do corcunda Quasímodo e da cigana Esmeralda. É no interior da grande catedral gótica e nos labirintos das construções de Paris que se desenrola a terrível história de paixões impossíveis de seus personagens.Victor Hugo reuniu magistralmente em seu famoso romance religiosos e vagabundos, ciganos e nobres, padres e leigos — heróis e vilões. Com poderosa imaginação criadora, Hugo desperta em seu leitor as mais variadas emoções: do profano ao sagrado, do grotesco ao sublime.A história teve várias versões cinematográficas.
Esmeralda era uma bela cigana que dançava nas ruas e realizando truques com uma cabra. Sua imensa beleza transtorna o arquidiácono Frollo que ordena o sineiro, o disforme Quasímodo, rapte a cigana. O arcediácono era a única pessoa que Quasímodo conhecia e o amava a ponto de fazer tudo o que lhe fosse pedido, no entanto os planos de Frollo foram frustrados por causa do Capitão Febo, que surgiu com seus soldados prendendo o sineiro e salvando a cigana.
Quasímodo foi atado ajoelhado a uma roda e chicoteado. Com os olhos semiaberto ele viu o arquidiácono vir em sua direção e sorrir. Ele estava convicto de que o sacerdote o salvaria, mas ao invés disto Frollo desaparece em meio a multidão. Mais tarde ao clamar desesperadamente por água, as pessoas que o rodeavam riram e lançaram pedras contra ele. Porém Esmeralda surge com uma xícara de água comovendo-o profundamente.
Ao se reencontrar com o capitão Febo, a cigana demonstra a este todo o sentimento que vinha nutrindo em relação a ele desde o seu salvamento. Apesar de casado, o capitão marca o um encontro com Esmeralda em um local fechado e ao se aproximar para beijá-la é apunhalado por Frollo, que havia seguido-o. Acusada pelo assassinato, a cigana é levada para prisão sentenciada a pena de morte.
Ao ser levada em praça pública para seu enforcamento, Quasímodo surge prontamente por uma corda levando-a para Catedral, onde estariam seguros pela lei de abrigo. Gringorie, um poeta com quem a cigana havia forjado um casamento, planeja salvá-la com a ajuda de vagabundos que simpatizavam-se por ela. Quando os vagabundos surgem para salvá-la acabam sendo atacados por Quasímodo, cujo o porte e a força descomunal permitem-no que lute sozinho, até o instante em que os soldados do rei chegam amedrontando-os e fazendo-os desaparecer.
Em meio ao tumulto, Frollo aproveita para fugir com Esmeralda e tentar seduzi-la. Enfurecido com sua recusa, o arquidiácono a abandona e ao ser encontrada pelos soldados é encaminhada novamente para execução. Do alto da catedral Quasímodo e Frollo assistiram a execução e ao ver o sacerdote sorrindo, o sineiro se enfurece empurrando-o telhado abaixo e desaparecendo para sempre. Muito tempo depois enquanto os soldados procuravam por um corpo qualquer, no local onde Esmeralda havia sido sepultada, são encontrados dois esqueletos abraçados, um deles com uma deformidade eminente nas costas. O homem a quem esse esqueleto pertencia viera até ali e ali morrera abraçado a jovem. Na tentativa de desprende-lo do esqueleto a que se abraçava, desfizeram-se ambos em pó.
quarta-feira, 27 de maio de 2015
RESUMO: O FEITIÇO DE ÁQUILA
RESUMO: O FEITIÇO DE ÁQUILA
Há muito tempo atrás, precisamente no século XII, havia uma cidade chamada Áquila, governada por um corrupto bispo que nutria uma paixão doentia por uma bela mulher chamada Isabeau. Esta, no entanto, amavaa e era amada por Etienne, o belo capitão da guarda especial do bispo. O invejoso e mal amado sacerdote descobriu a verdade sobre o amor dos dois e fez uma barganha com o demônio, que deu ao seu novo “convertido” o poder de conjurar uma terrível maldição sobre os dois amantes.
Para sempre, dali por diante, Isabel seria um belo falcão durante o dia, retornando à sua forma humana à noite. O pobre Etienne, por sua vez, permaneceria humano durante o dia, se tornando todas as noites um esperto lobo. Apenas no exato momento do nascer do Sol os dois poderiam ter por instantes o vislumbre do que outrora foram. Exilado na tristeza, Etiene cavalga em seu garanhão negro Golias pelos campos da Europa com o falcão ao braço – e à noite, na forma de lobo, seguia sua bela amada humana.
O tema universal do amor impossível é o fio condutor dessa história filmada quase que totalmente no norte da Itália. O Feitiço de Áquila foi dirigido por Richard Donner ( “Super-Homem – o filme). Com um ótimo elenco, incluindo Rutger Hauer (Blade Runner) como Etienne, Michelle “eterna mulher Gato” Pfeiffer como Isabeau, John Wood como o obsessivo bispo e Phillipe Gaston, o jovem e ágil ladrão conhecido como “rato”, amigo de Isabel, Matthew ” Vivendo a vida adoidado e projeto secretos macacos” Broderick. Que são extremamente capazes de segurar esse roteiro nas costas, mesmo com as falas no original, muitas vezes de uma poesia exagerada.
O jovem Broderick parece ter tido muita liberdade para trabalhar suas tiradas cômicas que tanto eram desejadas pelo público desde suas anteriores comédias de sucesso, pois seus diálogos não sugerem um comportamento medieval, mas sim contemporâneo. Seu trabalho aqui é o contraponto cômico de todo drama e sofrimento que os protagonistas sugerem. Já no fim da história, quando as coisas já estão muito difíceis para Phillipe, Isabeau e Etienne (que acabou de invadir a fortaleza de Áquila para matar o maléfico bispo), o senhor Broderick nos brinda com um dos momentos mais inteligentes da história, ao falar diretamente com Deus (como faz durante todo o filme) de forma irônica, mas respeitosa:
O senhor Hauer, com seus olhos de um azul pálido e na época com um físico impressionante, é um perfeito cavaleiro andante e a senhorita Pfeiffer, que provavelmente é uma das mulheres mais lindas de todos os tempos, é certamente a pessoa certa para se enfrentar a danação eterna por ela. Sua presença, etérea e erótica, é tão marcante no filme que mesmo quando está sendo representada como o falcão ela parece estar ali na tela. O senhor Wood é odiosamente perfeito como o bispo maldito e o ator Leo Mckern, que faz o velho padre Imperiux, que com a sua língua grande foi o responsável pelo inferno que os amantes passaram a viver e por isso passa seus dias afogando a vergonha em álcool, é quem no fim se torna a chama de esperança que esses jovens amantes precisavam para finalmente serem felizes, pois descobre que um futuro eclipse poderá desfazer o feitiço.
O cavaleiro e a jovem dama funcionam no filme como uma metáfora para o sol e a lua, que assim como os dois pombinhos (ou melhor, o falcão e o lobo) nunca se encontram. Desta forma, o sempre atraente tema do amor impossível toma formas ainda mais dramáticas, impossibilitando até mesmo o contato físico entre os dois amantes. Os animais em que ambos se transformam foram cuidadosamente escolhidos, afinal o falcão é um conhecido símbolo de beleza, enquanto o lobo é um animal normalmente solitário, além do fato de ambos serem monogâmicos.
A terrível maldição que assola o casal é repleta de simbolismo e é um prato cheio para provocar lágrimas nos casais apaixonados. O previsível final feliz neste caso é muito bem-vindo e agrada em cheio quem o assiste, que testemunha durante quase todo o tempo o sofrimento quase palpável de Navarre e Isabeau, aliviado apenas pela simpatia do divertido Gaston. O Feitiço de Áquila é simpático o suficiente para atrair a atenção do espectador e a linda história de amor que o embala é inegavelmente envolvente. Além do fato, meu caro devoto, que tem a Michelle Pfeiffer!
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